Fado Português
Eugénio de Sá
Quando ao Tejo regressaam
as primeiras caravelas
que da Índia eram tornadas
traziam fado com elas
havia fado nas velas
nos mastros, nas amuradas
e aquelas faces tisnadas
e aquelas mãos maceradas
de labutas e de mágoas
deixaram glórias nas águas
que levaram e trouxeram
os homens que as afrontaram
e o fado português
que no mar se ouviu primeiro
na boca de um marinhero
ensinou nobreza às vagas
dobrou cabos, vergou fragas
ensinou o Adamastor
que um homem vence o pavor
c’o a força de um povo inteiro!
Eugénio de Sá
Quando ao Tejo regressaam
as primeiras caravelas
que da Índia eram tornadas
traziam fado com elas
havia fado nas velas
nos mastros, nas amuradas
e aquelas faces tisnadas
e aquelas mãos maceradas
de labutas e de mágoas
deixaram glórias nas águas
que levaram e trouxeram
os homens que as afrontaram
e o fado português
que no mar se ouviu primeiro
na boca de um marinhero
ensinou nobreza às vagas
dobrou cabos, vergou fragas
ensinou o Adamastor
que um homem vence o pavor
c’o a força de um povo inteiro!