sexta-feira, 23 de setembro de 2011

...E CALO - Clara da Costa


…E CALO

Clara da Costa

A noite desmaia,
sem compromisso,
sem pressa,
sem volta.

O espaço é farto,
quando mergulho na solidão
tão grande quanto minha liberdade,
minha emoção.

Sobro nessa solidão,
mas em ti falto,
quando escuto o som do passado.

E calo…calo,
quando tento gritar teu nome,
cada vez mais alto.

1 comentário:

  1. Foi para mim uma boa descoberta ler a poesia de Clara da Costa, que nos emociona pela beleza frugal da palavra lírica de um romantismo já enxuto de lágrimas, já calado de tanto gritar, já proclamado de coração aberto em alma viva que pulsa nas veias onde corre o sangue quente de uma poetisa que sublima seu verbo, em palavras ditas e não ditas, com uma poesia enxuta de exuberâncias, mas húmida de frescura lírica, musical, forte e comovente.

    Carlos Morais dos Santos,
    Escritor, Poeta, fotógrafo
    Cônsul (Lisboa) da Assoc.KIntern. Poetas Del Mundo;
    www.culturaseafectoslusofonos.blogspot.pt

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