quarta-feira, 13 de julho de 2011

A DOCE LÁGRIMA - Lúcia Helena Pereira


 A DOCE LÁGRIMA
Lúcia Helena Pereira

                                                     -Ela escorria da ladeira d´alma

Radiosa como um sol.
Vinha de um cântaro de perfumadas flores,
Docemente deslizando dos meus olhos.

-Bem à beira daquela fonte de luz e riacho,
A lágrima passava veloz
Misturando-se à incansável simbiose de águas
Que o segredo buliçoso do momento,
Expandia!

-Havia naquela lágrima, uma doçura imensa,
Canção distante no olhar querente
Insatisfeito, magoado, espinho cravado na íris
Ferida ainda aberta, sangrando...

-A minha lágrima dorida
É uma fonte imensa de tristeza
Caindo num lago azul, só de flores
Onde anjos banham-se e cantam.

-Onde os meus sorrisos de infância?
Onde a felicidade de outrora?
Onde recuperar o passado?
Onde não sofrer buscando explicações?

-Desce um véu de luz dos meus olhos,
Inebriante estrela fulge ao longe,
Sinto-a escorregar entre os meus dedos...
É a lágrima contente, a festejar!

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